Mães devem determinar felicidade para os filhos, e não desejos.
Quando nos tornamos mães e estamos
diante de uma nova e crescente vida, é difícil não sonhar, imaginar ou
vislumbrar o melhor para os nossos filhos. Todas nós queremos que nossos filhos
sejam felizes, saudáveis e realizados na vida profissional, afetiva e/ou
social. Ainda bem que sonhamos com estes propósitos, afinal de contas, devemos
almejar um futuro cheio de realizações e alegrias para nossas crianças.
Repito e afirmo: realizações para os
nossos filhos, diante dos desejos e sonhos dos mesmos. E não dos nossos.
Afinal, o que motiva e/ou entristece os adultos nos campos familiares, sociais,
culturais e até no ciclo de amizade nem sempre é o mesmo que acontece com as
crianças.
É lógico que a educação dos filhos
recebe as influências culturais, sociais, afetivas e até mesmo profissionais
que os pais trazem em suas bagagens pessoais. Porém, influenciar um tipo de
comportamento e/ou escolha de um filho diante de seu próprio exemplo, papel
e/ou função na vida social, profissional, familiar e/ou afetiva não é a mesma
coisa que exigir ou determinar que nossos filhos sigam caminhos
preestabelecidos diante de nossas frustrações, “fracassos” e/ou funções sociais
estabelecidas ao longo de nossas vidas.
Escolher uma profissão, um estilo de
vida, formas de se vestir e etc., diante do talento, das características e das
habilidades que as crianças apresentam é bem diferente do que seguir as
imposições, desejos e sonhos pré-determinados pelos pais.
A realidade é que as consequências,
diante dos desejos, anseios e frustrações do outro, causam muito ruído,
dificuldades e distanciamento na relação entre pais e filhos. A culpa sentida
pelos envolvidos sempre traz prejuízos, problemas e dificuldades na vida
afetiva e familiar, além de ser um fator prejudicial na construção da
subjetividade, individualidade e autoestima dos filhos.
Sempre afirmo que ser uma boa e
amável mãe é também uma questão de escolha de cada um de nós. É uma questão de
escolha, pois viver um dia de cada vez, sem antecipar sofrimentos e permitindo
a livre expressão dos desejos e características de nossos filhos é um
aprendizado diário, difícil e, muitas vezes, angustiante. Portanto, temos que
estar bem cientes e conscientes quando decidimos nos tornar mães. A nossa
determinação para os nossos filhos deve ser a felicidade e, não, uma projeção
de nossos sonhos e anseios nos mesmos.
Fonte: Por
Teresa Ruas
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