Páginas

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Eles confundem 'P' com 'B'

Especialistas garantem que é comum trocar as letras no processo de alfabetização.


Ler e escrever, depois que a gente aprende, vira um processo quase automático. Mal paramos para observar quantas curvas e retas formam as letras de uma palavra. Na infância, porém, esse conhecimento ainda está em construção. Lá, aprendemos a direção da escrita e a grafia de cada letra. "Nessa fase, é comum algumas crianças confundirem o sentido da escrita, começando a partir da direita, ou trocar letras como P e D", explica Regina Scarpa, consultora da Fundação Victor Civita. "Em geral, isso se corrige sem maiores problemas."

AlfabetizaçãoEspecial Alfabetização 
Dicas e informações para melhorar a aprendizagem da leitura e escrita de crianças e adultos.

Não diga que está errado

Para resolver a questão, o ideal é conversar com a criança sobre as trocas. Rosemeire recomenda nunca dizer que a criança está errada. "Prefira chamar a atenção de outra maneira. Sugira que ela compare o que escreveu com o que foi escrito pelo professor ou por um colega. Pedir que ela leia o que escreveu nem sempre funciona, porque, naquele momento, ela enxerga a letra espelhada como se fosse a correta. Essa comparação visual é mais eficiente", explica.

Número 3 ou letra E?

Essa confusão é normal e passageira - e desaparece à medida que a criança escreve mais. "É muito normal encontrar alunos que espelham letras e números. Geralmente, fazem confusão com números (espelhando 9, 6 e até o 2) e se atrapalham com letras e números, como E e 3", diz Rosemeire Mendonça, coordenadora da Educação Infantil do Colégio Piaget, de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.

E... se não passar?

Se, depois de alfabetizada, a criança seguir escrevendo letras espelhadas, aí sim os pais devem ficar mais atentos e consultar uma psicopedagoga, para checar se há algum problema de aprendizagem. 

Fonte: Texto Maria Clara Braz (Editora Abril)

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Sopa de letrinhas


Existe um método mais eficiente para ensinar a ler e escrever? Alguns acreditam que sim. Outros preferem apresentar o mundo das letras às crianças e construir juntos o que funciona para cada um.



Deba­tes sobre a ­melhor ­maneira de alfa­be­ti­zar as crian­ças não são uma novi­dade dos nos­sos dias. "Por mais de um ­século, os esfor­ços de ­mudança das esco­las se con­cen­traram nessa ques­tão", diz Maria do Rosá­rio Longo Mor­tatti, pro­fes­sora livre-­docente da área de edu­ca­ção da Uni­ver­si­dade Esta­dual Pau­lista. Até o final do século 19, as esco­las cos­tu­ma­vam alfa­be­ti­zar ­usando os cha­ma­dos "méto­dos sin­té­ti­cos", que vão da "parte" para o "todo". O ­método alfa­bé­tico uti­liza as ­letras. O fônico, os sons cor­res­pon­den­tes às ­letras. O silá­bico, as síla­bas. Em um ­segundo momento, per­ce­beu-se que seria ­melhor uti­li­zar méto­dos ana­lí­ti­cos, que par­tem do todo. Pas­sou-se então a ensi­nar lei­tura e ­escrita a par­tir de pala­vras, sen­ten­ças ou his­to­rie­tas, que ­faziam mais sen­tido para as crian­ças, para só ­depois che­gar à aná­lise das par­tes: as ­letras. "Mui­tas esco­las mes­cla­ram os dois méto­dos, dando ori­gem ao ana­lí­tico-sin­té­tico ou vice-versa", diz Maria do Rosá­rio. A par­tir de 1980, porém, o uso des­ses méto­dos pas­sou a ser for­te­mente ques­tio­nado. "Nesse ­momento chega ao Bra­sil o pen­sa­mento cons­tru­ti­vista sobre a alfa­be­ti­za­ção, resul­tante das pes­qui­sas sobre a psi­co­gê­nese da lín­gua ­escrita, desen­vol­vi­das pela argen­tina Emí­lia Fer­reiro", ­explica Maria do Rosá­rio. As pes­qui­sas de Emí­lia muda­ram o foco de "como se ­ensina" para "como se ­aprende". ­Parece pouco, mas essa mudança cau­sou uma revo­lu­ção. 

AlfabetizaçãoEspecial Alfabetização 
Dicas e informações para melhorar a aprendizagem da leitura e escrita de crianças e adultos.

 "Suas pes­qui­sas mos­tra­ram que as crian­ças criam hipó­te­ses pró­prias sobre a escrita, muito antes de serem auto­ri­za­das pela ­escola a apren­der. E que o ­ensino pre­cisa dia­lo­gar com essas hipó­te­ses", diz Telma Weisz, coor­de­na­dora do curso de espe­cia­li­za­ção em alfa­be­ti­za­ção, do Ins­ti­tuto Supe­rior de Edu­ca­ção Vera Cruz. Para o pen­sa­mento cons­tru­ti­vista, dei­xar crian­ças peque­nas escre­ve­rem o que qui­se­rem num papel ou lousa faz parte da alfa­be­ti­za­ção. Elas não pro­du­zem rabis­cos, ainda que ­pareça. O que estão ­fazendo é se apro­xi­mar da cul­tura ­escrita. "Não é neces­sá­rio levar o ba-be-bi-bo-bu para a sala, nem falar da foné­tica. A ­criança per­cebe tudo sozi­nha. Isso é o que Emí­lia mos­trou. Para apren­der a ler, o que você pre­cisa é pen­sar sobre a ­escrita. Esse é o ponto difí­cil para algu­mas pes­soas enten­de­rem", ­afirma Telma.

O pen­sa­mento cons­tru­ti­vista foi, gra­da­ti­va­mente, sendo dis­se­mi­nado entre os edu­ca­do­res nas esco­las bra­si­lei­ras. Mas a falta de um "método ­constru­ti­vis­ta" dei­xou os pro­fes­so­res per­di­dos. Eles enten­diam a teo­ria, mas se per­gun­ta­vam como fazer em sala de aula para tra­ba­lhar com essas hipó­te­ses dos alu­nos. "Com isso, às vezes sem ­admiti-lo, esco­las e pro­fes­so­res uni­ram, de for­mas pró­prias e muito dife­ren­tes, o que enten­diam da pers­pec­tiva cons­tru­ti­vista com os méto­dos antes uti­li­za­dos", diz Maria do Rosá­rio, que ­entende que não é pos­sí­vel pres­cin­dir de méto­dos, de um cami­nho, um pro­ce­di­mento.

Construtivismo: discurso e prática

Hoje, muitas ins­ti­tui­ções par­ti­cu­la­res dizem acre­di­tar no pen­sa­mento cons­tru­ti­vista. "Pra­ti­ca­mente não há esco­las que não se assu­mam cons­tru­ti­vis­tas", ­observa Fer­nando José de ­Almeida, ex-secre­tá­rio muni­ci­pal da Edu­ca­ção de São Paulo. "Só que isso não é real para ­grande parte delas, por­que, em mui­tos casos, o cons­tru­ti­vismo se tor­nou um dis­curso, mas não se cons­ti­tuiu em uma pra­tica", diz. Os colé­gios inte­gra­dos Domus Sapien­tiae e Mon­tes­sori Santa Tere­zi­nha, por exem­plo, ini­cial­mente usa­vam ape­nas o ­método ­fônico. "É uma téc­nica de deco­di­fi­ca­ção de sons ­criada no iní­cio de 1900. Com as pes­qui­sas de Emí­lia Fer­reiro, sabe­mos que a ­cri­ança está em con­tato com o mundo ­letrado desde cedo e que pre­ci­sa­mos tra­ba­lhar com isso, antes in­clu­sive de apre­sen­tar os sons. Valo­ri­za­mos mais do que antes a impor­tân­cia dos tex­tos, o tempo que ca­da aluno pre­cisa para ler e escre­ver", diz a coor­de­na­dora ­Solange ­Rodella. No colé­gio, desde peque­nas as crian­ças são esti­mu­la­das a ampliar o seu uni­verso de lei­tura, por meio de his­tó­rias, e a pen­sar sobre a cul­tura ­escrita. "Aos 6 anos, apre­sen­ta­mos gra­fe­mas e fone­mas às crian­ças", conta. ­Depois das ­vogais, elas apren­dem, por meio dos sons, o "PVR" e daí por ­diante. ­Entram, então, os dita­dos: a par­tir de um dese­nho, o aluno forma a pala­vra com letri­nhas de ­madeira. Após a cons­tru­ção das pala­vras, há o ­momento de auto-cor­re­ção, pois a ­criança tem a seu lado o ­modelo cor­reto. "Enten­de­mos que de nada ­adianta ter ­idéias e não saber ­expressá-las orto­gra­fi­ca­mente, assim como não há vali­dade em escre­ver cor­re­ta­mente, mas sem ­idéias", ­afirma ­So­lange. "Torna-se impos­sí­vel sepa­rar os dois". 

Fonte: Texto Carolina Tarrio

terça-feira, 15 de setembro de 2015

15 de Setembro - Dia do Cliente!

A você que confia a nossa equipe, o seu maior de tesouro... os nossos sinceros agradecimentos! 





Conte sempre com o Instituto Educacional Futuros Brilhantes!









segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Independência do Brasil

A Independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política. Muitas tentativas anteriores ocorreram e muitas pessoas morreram na luta por este ideal. Podemos citar o caso mais conhecido: Tiradentes. Foi executado pela coroa portuguesa por defender a liberdade de nosso país, durante o processo da Inconfidência Mineira.
Dia do Fico
Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu uma carta das cortes de Lisboa, exigindo seu retorno para Portugal. Há tempos os portugueses insistiam nesta ideia, pois pretendiam recolonizar o Brasil e a presença de D. Pedro impedia este ideal. Porém, D. Pedro respondeu negativamente aos chamados de Portugal e proclamou : "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico."
O processo de independência
Após o Dia do Fico, D. Pedro tomou uma série de medidas que desagradaram a metrópole, pois preparavam caminho para a independência do Brasil. D. Pedro convocou uma Assembleia Constituinte, organizou a Marinha de Guerra, obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o reino. Determinou também que nenhuma lei de Portugal seria colocada em vigor sem o " cumpra-se ", ou seja, sem a sua aprovação. Além disso, o futuro imperador do Brasil, conclamava o povo a lutar pela independência.
O príncipe fez uma rápida viagem à Minas Gerais e a São Paulo para acalmar setores da sociedade que estavam preocupados com os últimos acontecimento, pois acreditavam que tudo isto poderia ocasionar uma desestabilização social. Durante a viagem, D. Pedro recebeu uma nova carta de Portugal que anulava a Assembleia Constituinte e exigia a volta imediata dele para a metrópole.
Estas notícias chegaram as mãos de D. Pedro quando este estava em viagem de Santos para São Paulo. Próximo ao riacho do Ipiranga, levantou a espada e gritou : " Independência ou Morte !". Este fato ocorreu no dia 7 de setembro de 1822 e marcou a Independência do Brasil. No mês de dezembro de 1822, D. Pedro foi declarado imperador do Brasil.
Pós Independência
Os primeiros países que reconheceram a independência do Brasil foram os Estados Unidos e o México. Portugal exigiu do Brasil o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a independência de sua ex-colônia. Sem este dinheiro, D. Pedro recorreu a um empréstimo da Inglaterra.
Embora tenha sido de grande valor, este fato histórico não provocou rupturas sociais no Brasil. O povo mais pobre se quer acompanhou ou entendeu o significado da independência. A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte D. Pedro I, foi a camada que mais se beneficiou.

Fonte: Sua Pesquisa

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Por que meu filho ainda não sabe ler e escrever?




Especialistas comentam e dão sugestões de como colaborar com o processo de alfabetização de seu filho sem pressioná-lo.


ansiedade em poder afirmar, em um encontro informal na porta da escola, que seu filho já lê tudo o que vê pela frente pode se tornar um grande vilão do processo de alfabetização. Apesar de você já ter ouvido, diversas vezes, que cada criança tem seu ritmo no processo de aprender a ler e a escrever e que o interesse pelo universo letrado varia para cada um, a angústia pela confirmação de que essa etapa será alcançada pelo seu filho sem sofrimento é quase inevitável, justamente pelo fato de a alfabetização ser um marco no processo da educação de qualquer criança.

Porém, é importante ter atenção dobrada para que sua ansiedade não atrapalhe a relação que seu filho vai estabelecer com esse desafio. Fátima Gola, psicóloga especialista em psicopedagogia, afirma que essa ansiedade acaba acontecendo porque há uma formalização do ensino e metas objetivas são traçadas para um determinado período escolar - a própria escola põe um limite.

AlfabetizaçãoEspecial Alfabetização 
Dicas e informações para melhorar a aprendizagem da leitura e escrita de crianças e adultos.
O efeito negativo acontece quando "os pais atropelam o processo que a escola escolheu para alfabetizar e começam a duvidar dele, fazendo com que a criança, de alguma maneira, perceba essa desconfiança". Por outro lado, essa ansiedade se torna positiva quando há a "valorização da criança pelos pais ao acreditarem que ela é totalmente capaz de chegar lá".

O contato com a cultura escrita é de fato um processo. Inicia-se nos primeiros anos de vida e não tem data para terminar. Já a alfabetização, ou seja, a compreensão do funcionamento do sistema de escrita se estende até as primeiras séries do Ensino Fundamental.

Regina Clara, pesquisadora do CENPEC, explica que "aprendemos a ler e escrever na escola porque ler e escrever é importante para a vida". As crianças podem perceber isso observando os adultos e também participando de situações em que a leitura e a escrita são impostas. O próprio cotidiano familiar conduz a essa percepção. "São muitos os motivos que nos levam a utilizar a escrita: escrever para lembrar (lista de compras), para nos comunicarmos com alguém (bilhete, email, msn), para nos divertir (livros de literatura), para aprender - a fazer (cozinhar) , para saber mais sobre um assunto, para se expressar...".

Existem várias maneiras de você colaborar e mobilizar no seu filho o desejo de aprender a ler e a escrever de uma forma leve e prazerosa.

Fonte: Texto Adriana Fonseca (Editora Abril)