A escola, geralmente, é um
lugar divertido para a criançada. Mas as notas baixas... Nem tanto! Não é fácil
enfrentar o risinho dos colegas, a desaprovação dos professores e a pressão dos
pais. Pior ainda é o efeito negativo na autoestima, a sensação de fracasso que
o aluno sente quando, por mais que se esforce, não consegue acompanhar o resto
da turma. E de nada adianta culpar a professora ou mudar de colégio. Se algo
não vai bem, é hora de unir forças com a escola e tentar entender o que está acontecendo.
Geralmente, quem primeiro percebe a dificuldade do
estudante é a professora, mas os pais também devem ficar atentos. Se o filho
não assimilar a matéria mesmo depois de tentativas diferentes de ensino,
deve-se pensar em ajuda de profissionais.
Quando é um transtorno
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca
de 5% da população mundial sofre de alguma disfunção de aprendizado. Esses
transtornos podem se apresentar das mais variadas maneiras, como dificuldade
para ler, escrever, fazer cálculos, prestar atenção, entre outras. “Essas
causas são inúmeras entre as crianças. Algumas das mais comuns e mais debatidas
são a dislexia, o déficit de atenção e a hiperatividade, que devem ser
propriamente diagnosticadas, tratadas e acompanhadas pelos profissionais
adequados, tais como neurologistas, psicólogos, pedagogos e fonoaudiólogos”,
diz Lilian Sacagami, psicóloga do Hospital VITA Curitiba. Segundo ela, é
importante que pais e professores conheçam esses déficits para ficarem atentos
aos sintomas, mas não se deve generalizar os casos. “Nem sempre a causa é
dislexia ou hiperatividade. As dificuldades de aprendizado também podem surgir
devido a pequenas deficiências auditivas, verbais ou visuais que dificultem o
conhecimento; ou ainda por situações sociais que gerem na criança muita
ansiedade, como dificuldades de relacionamento familiar, com os professores, ou
também com colegas, como nos casos de bullying”, orienta.
Como você pode ajudar
Confira as dicas da psicóloga:
• Preste atenção nos sinais e sintomas
da criança. A partir do momento em que perceber que ela tem problemas para
aprender, invista em estratégias diferentes de estudo.
• Explore juntamente com ela quais são
suas dificuldades.
• Procure ajuda médica para investigar
fatores físicos ou déficits e determinar qual seria o tratamento e profissional
adequado.
• Notas baixas nem sempre significam
dificuldade de aprendizado. “Muitas vezes a criança simplesmente não se sente
atraída pela matéria ou não tem vontade de realizar as tarefas. Então fique
atenta se ela tem dificuldade para cumprir qualquer ordem ou tarefa, ou se é
apenas em situações escolares”, diz.
• Preste atenção em quais momentos e de
que forma essa deficiência se apresenta, quais foram as suas tentativas e a dos
professores para resolver a situação, e por que não funcionaram. Procure o
auxílio de um profissional, como um psicólogo ou neurologista, para ter um
olhar crítico e especializado sobre o quadro geral.
• Valorize o que seu filho sabe para
fortalecer sua autoestima, mostre o quanto ele é bom nessas atividades e o
incentive a desenvolver aquelas em que ele não tem habilidade.
• Ofereça um ambiente adequado para o
estudo, e evite se irritar com a situação.
• Nunca deduza simplesmente que a
criança é preguiçosa nem menospreze seus medos ou limitações. Respeite-os e
forneça suporte.
Fonte: Atmosfera Feminina
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